quinta-feira, 27 de setembro de 2012
Aceitando a mudança.
Foram três meses de janeiro a março, dediquei o máximo em busca de informações e durante o processo procurei outro medico da mesma área, uma segunda opinião sobre meu caso, e ele também mediante a minha historia me indicou a cirurgia, pois se tratava de 15 anos lutando contra a balança e muitas vezes sem sucesso. Fez-me uma lista de indicações de profissionais de saúde que precisariam me ver, consultar e também saber das indicações deles. Mediante a indicação de dois médicos da mesma área, com tamanha certeza de que aquela seria a minha melhor escolha, resolvi aceitar a cirurgia bariátrica como a minha forma de tratamento e passei então a caminhar rumo a minha mudança de uma pessoa obesa com pouca saúde para uma nova pessoa melhor e saudável Busquei o máximo de informações possíveis para me sentir segura sobre aquela decisão, me instrui sobre os benefícios e malefícios que a cirurgia me oferecia, não deixei nenhum ponto de interrogação, aquilo tudo faria parte da minha vida, então eu precisava conhecer tudo que passaria a fazer parte da minha vida. Estava construindo o meu futuro de borboleta que iria sair do casulo.
Buscando ajuda
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Meu motivo para querer mudar. |
Uma história de peso!
Foram 15 anos na luta contra o excesso de peso, umas horas em alta, outras em baixa, entre dias gordinha e outros de dieta fui vivendo durante todos estes anos. Passava a maioria dos dias do ano gorda e quando estava perto de alguma festa ou evento, entrava em dietas radicais que me faziam perder o peso e também o humor, pois logo voltava a comer feito uma louca e engordava sempre um pouco a mais. Com o passar dos anos, a minha capacidade de perder peso foi diminuindo e com isso minha auto estima foi caindo também e a cada dia ganhava mais peso. Mas admitir que tivesse problemas com peso? De forma nenhuma. Segui durante alguns anos mentindo para mim mesma, que a minha forma física não me incomodava, que eu estava bem e feliz daquela forma. Minha vida era normal, eu trabalhava, fazia faculdade, viajava, namorava, curtia a vida numa boa, gordinha sim, e dai? Todos ao meu redor não tinham coragem de me falar a verdade por medo de me machucar e os poucos que me falava muitas das vezes eu não recebia bem a mensagem, acabava por ser indelicada com as pessoas que na maioria das vezes queria apenas o meu bem. Desta forma segui entre peso a mais, peso a menos, ate que em 2010 terminei um relacionamento de sete anos, ate ai tudo bem, acreditava que aquilo era normal e que tudo estava normal. Porem me enganei muito, durante um tempo ainda tentei manter-me de dieta, foi em vão, perdia pouco peso, me alimentava de forma errada e o pior de tudo, eliminava pouquíssimo peso, ai parti para a parte fácil, resolvi ir a um medico que me prescrevesse inibidores de apetite, durante três meses tomei três tipos de medicamento e para o meu pavor eliminei apenas 5 quilos. Entre tentativas desastrosas de perda de peso, me vi em 2011 com o seguinte diagnóstico: Gorda, deprimida, recuada, sofrendo o terrível preconceito da ditadura da beleza de ser magra e a pior de todas perdendo a confiança das pessoas que queriam o meu bem, pois estavam desistindo de me ajudar. Quase cheguei ao fundo do poço, me olhava no espelho e conseguia ver todos os defeitos que a gordura me trazia, porem ainda faltava mais um desastre. Em dezembro de 2011, depois de tentar dieta, tomar medicamentos para emagrecer (observação: na época os três remédios que eu combinava e tomava para emagrecer estavam na lista dos proibidos de venda no Brasil, por se tratarem de medicamentos com sérios efeitos colaterais), eu estava totalmente me achando a mais gorda de todas, sai de ferias do meu trabalho e fui passar o tempo na casa de meus pais, ai iniciou meu pavor maior. Fiquei na casa dos meus pais por 20 dias, cheguei com 109 quilos, e retornei com 120 quilos, porem o que mais me fez cair à ficha foi ver meus pais incomodados, pois perdiam o sono durante a noite por me ouvirem roncar, minha filha de 10 anos se recusava a dormir comigo: "Mamãe não me deixa dormir Vovó, ela ronca muito." Isso tudo foi me fazendo enxergar a que ponto a gordura e o sedentarismo estavam me levando, havia me tornado uma pessoa triste, deprimida, gorda, mal humorada, antissocial e totalmente sem controle quanto ao meu corpo. Quando retornei para o meu trabalho veio a pior das noticias, nenhuma calça me servia, sai do numero 48 e fui para o 52, estava com um sedentarismo tão grande que um lance de escadas já me deixava com dor no peito e sem ar. Voltei a trabalhar no dia 11/01/2012, fui sentindo tudo aquilo que estava vivendo, dores nas pernas, falta de ar, noites com dificuldades para dormir e o pior de todos, a saúde começando a faltar por excesso do peso, além de sentir o preconceito de ser obeso na pele, pois não conseguia me relacionar bem com ninguém. Fui me conscientizando de que era hora de pedir ajuda a mais pessoas e assumir que precisava de ajuda para não desistir, pois existiam pessoas torcendo por mim que esperavam e acreditavam na minha capacidade e discernimento de ver que eu podia dar a volta por cima e fazer uma nova historia para mim!
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Janeiro 2012 |
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Julho 2011 (Após uma dieta) |
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Julho 2007 |
segunda-feira, 24 de setembro de 2012
Objetivo do Blog
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Sempre fui feliz comigo mesma, mas chega um momento que precisamos de ajuda para sermos melhores. |
Apresentação
Oi para todas as pessoas que resolverem passar por aqui para conversar e conhecer um pouco sobre mim. Meu nome é Valéria, tenho 29 anos, sou estudante universitária e trabalho na área de Administração de Empresas. Tenho uma filhinha de 10 anos que é meu tudo, meu motivo maior de querer viver ao máximo sempre! Sou filha única, amo meus pais muito, muito. Sei que eles fazem de tudo para me ver feliz, portanto eu preciso fazer a minha parte também. Tenho um amor muito especial que me faz muito bem, alguém com quem tenho dividido a minha vida e feito planos e o melhor de tudo, alguém que tem me feito muito feliz! Sou uma menina mulher em fase de aprendizado sempre, alguém que tem sonhos, sentimentos, medos igual a qualquer outra pessoa, mas que acima de tudo busca a cada novo dia melhorar meu jeito de viver. Desistir nunca foi uma palavra muito utilizada em meu dia a dia, busco melhorias, crescimento, facilidades e assim vou aprimorando a arte de viver. Bom este foi nosso primeiro contato, nos próximos vamos estreitar a nossa amizade, que eu sinceramente espero que seja por muito tempo. Um abraço e até breve. Val
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Papai, mamãe, eu, amor e minha filha! |
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