quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Aceitando a mudança.

Foram três meses de janeiro a março, dediquei o máximo em busca de informações e durante o processo procurei outro medico da mesma área, uma segunda opinião sobre meu caso, e ele também mediante a minha historia me indicou a cirurgia, pois se tratava de 15 anos lutando contra a balança e muitas vezes sem sucesso. Fez-me uma lista de indicações de profissionais de saúde que precisariam me ver, consultar e também saber das indicações deles. Mediante a indicação de dois médicos da mesma área, com tamanha certeza de que aquela seria a minha melhor escolha, resolvi aceitar a cirurgia bariátrica como a minha forma de tratamento e passei então a caminhar rumo a minha mudança de uma pessoa obesa com pouca saúde para uma nova pessoa melhor e saudável  Busquei o máximo de informações possíveis para me sentir segura sobre aquela decisão, me instrui sobre os benefícios e malefícios que a cirurgia me oferecia, não deixei nenhum ponto de interrogação, aquilo tudo faria parte da minha vida, então eu precisava conhecer tudo que passaria a fazer parte da minha vida. Estava construindo o meu futuro de borboleta que iria sair do casulo.
Depois de três meses de consultas, opiniões de profissionais de saúde, varias indicações e a certeza de que aquela seria a decisão mais acertada para o meu caso, veio a conclusão: “se a cirurgia bariátrica seria a minha salvação, então eu aceitava o tratamento.”


Preparando a mudança.

Buscando ajuda

Em 19/01/2012 procurei ajuda medica. Fui ao consultório de um medico por indicação de uma amiga que havia sofrido com a obesidade da mesma forma que eu, era meu primeiro passo, aceitar que precisava de ajuda, aceitar que outra pessoa me ajudasse. Ai ouvi a amiga e fui, procurei um gastroenterologista, muito conceituado e atuante na parte de cirurgia bariátrica, resolvi ir de mente aberta a quaisquer que fosse a proposta do medico, eu queria ajuda e estava disposta a fazer o que fosse possível para ter minha saúde e alegria de volta.  O medico foi muito atencioso, me ouviu em tudo, as queixas, as lamúrias, as lamentações, as tentativas fracassadas, os desânimos e os medos. Lembro-me que a única coisa que deixei clara para ele foi a seguinte frase: “meu problema hoje não é perder peso, mas sim manter o peso certo e a saúde desejada. Pois dieta eu sei fazer, manter o peso ainda não aprendi.” O medico disse que gostou da minha clareza e sinceridade, pois muitos o procuravam para irem direto para a cirurgia e eu ainda cogitada a possibilidade de uma nova tentativa, desta forma o medico foi bem claro comigo também, depois de eu contar toda a historia ele me disse que a minha indicação já seria a cirurgia, uma vez que meu IMC  já estava acima de 40, mas que toleraríamos uma serie de exames e consultas para estudar o meu caso. Como meu propósito era aceitar a ajuda e fazer tudo da maneira mais certa possível, aceitei a indicação e abracei a causa e fui em busca de informações, exemplos, pessoas que tiveram o mesmo problema que eu, pacientes do mesmo medico e tudo que pudesse me ajudar, não tive pressa, eu queria segurança e fazer a coisa certa. Começava então nesta data o meu estudo mais aprofundado sobre obesidade e a cura para esta doença que estava querendo me destruir. Procurei grupos de ajuda, pós-operados, clinicas de ajudas, amigos, e abusei ao máximo de todos os profissionais que me foram indicados, fui verdadeira com todos eles e nunca deixei para nenhum dos profissionais de saúde que o meu objetivo era a cirurgia bariátrica, mas sim tratar o problema que tanto me afligia e estava me deixando sem saúde. Minha maior força era a vontade de ser melhor do que eu me sentia, era ter saúde e principalmente não queria mais entregar os pontos, queria ficar saudável e ver minha filha crescer. Era chegada a hora de recomeçar.
Meu motivo para querer mudar.

Uma história de peso!

Foram 15 anos na luta contra o excesso de peso, umas horas em alta, outras em baixa, entre dias gordinha e outros de dieta fui vivendo durante todos estes anos. Passava a maioria dos dias do ano gorda e quando estava perto de alguma festa ou evento, entrava em dietas radicais que me faziam perder o peso e também o humor, pois logo voltava a comer feito uma louca e engordava sempre um pouco a mais. Com o passar dos anos, a minha capacidade de perder peso foi diminuindo e com isso minha auto estima foi caindo também e a cada dia ganhava mais peso. Mas admitir que tivesse problemas com peso? De forma nenhuma. Segui durante alguns anos mentindo para mim mesma, que a minha forma física não me incomodava, que eu estava bem e feliz daquela forma. Minha vida era normal, eu trabalhava, fazia faculdade, viajava, namorava, curtia a vida numa boa, gordinha sim, e dai? Todos ao meu redor não tinham coragem de me falar a verdade por medo de me machucar e os poucos que me falava muitas das vezes eu não recebia bem a mensagem, acabava por ser indelicada com as pessoas que na maioria das vezes queria apenas o meu bem. Desta forma segui entre peso a mais, peso a menos, ate que em 2010 terminei um relacionamento de sete anos, ate ai tudo bem, acreditava que aquilo era normal e que tudo estava normal. Porem me enganei muito, durante um tempo ainda tentei manter-me de dieta, foi em vão, perdia pouco peso, me alimentava de forma errada e o pior de tudo, eliminava pouquíssimo peso, ai parti para a parte fácil, resolvi ir a um medico que me prescrevesse inibidores de apetite, durante três meses tomei três tipos de medicamento e para o meu pavor eliminei apenas 5 quilos. Entre tentativas desastrosas de perda de peso, me vi em 2011 com o seguinte diagnóstico: Gorda, deprimida, recuada, sofrendo o terrível preconceito da ditadura da beleza de ser magra e a pior de todas perdendo a confiança das pessoas que queriam o meu bem, pois estavam desistindo de me ajudar. Quase cheguei ao fundo do poço, me olhava no espelho e conseguia ver todos os defeitos que a gordura me trazia, porem ainda faltava mais um desastre. Em dezembro de 2011, depois de tentar dieta, tomar medicamentos para emagrecer (observação: na época os três remédios que eu combinava e tomava para emagrecer estavam na lista dos proibidos de venda no Brasil, por se tratarem de medicamentos com sérios efeitos colaterais), eu estava totalmente me achando a mais gorda de todas, sai de ferias do meu trabalho e fui passar o tempo na casa de meus pais, ai iniciou meu pavor maior. Fiquei na casa dos meus pais por 20 dias, cheguei com 109 quilos, e retornei com 120 quilos, porem o que mais me fez cair à ficha foi ver meus pais incomodados, pois perdiam o sono durante a noite por me ouvirem roncar, minha filha de 10 anos se recusava a dormir comigo: "Mamãe não me deixa dormir Vovó, ela ronca muito." Isso tudo foi me fazendo enxergar a que ponto a gordura e o sedentarismo estavam me levando, havia me tornado uma pessoa triste, deprimida, gorda, mal humorada, antissocial e totalmente sem controle quanto ao meu corpo. Quando retornei para o meu trabalho veio a pior das noticias, nenhuma calça me servia, sai do numero 48 e fui para o 52, estava com um sedentarismo tão grande que um lance de escadas já me deixava com dor no peito e sem ar. Voltei a trabalhar no dia 11/01/2012, fui sentindo tudo aquilo que estava vivendo, dores nas pernas, falta de ar, noites com dificuldades para dormir e o pior de todos, a saúde começando a faltar por excesso do peso, além de sentir o preconceito de ser obeso na pele, pois não conseguia me relacionar bem com ninguém. Fui me conscientizando de que era hora de pedir ajuda a mais pessoas e assumir que precisava de ajuda para não desistir, pois existiam pessoas torcendo por mim que esperavam e acreditavam na minha capacidade e discernimento de ver que eu podia dar a volta por cima e fazer uma nova historia para mim!
Janeiro 2012
Julho 2011 (Após uma dieta)

Julho 2007

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Objetivo do Blog

Boa noite, fazem 6 meses que estou planejando este blog, mas apenas agora posso dedicar tempo e atenção ao meu real objetivo. Durante todo este meu estudo sobre obesidade, dietas, exercícios e todos os cuidados com a saúde pude aprender que era necessário dedicar tempo para poder conseguir alcançar informações que pudesse não apenas me ajudar, mas que eu pudesse repassar para outras pessoas que assim como eu, também sofrem com o problema da obesidade. Durante 15 anos da minha vida eu lutei contra a balança, em alguns momentos com o peso apenas um pouco acima do aceitável, em outros tempos com um quadro de obesidade, entre dietas, cuidados e fases de extremo descuidado com a saúde, fui de sobrepeso a obesidade mórbida sem perceber que estava perdendo o controle de mim mesma. Sempre acreditava que ainda tinha o controle, fosse o tempo que fosse eu conseguiria fazer uma nova dieta e perder peso. Mesmo gordinha me achava linda e feliz, em momento algum achava que estava precisando de ajuda medica para perder peso, acreditava que aquela situação dependia unicamente da minha vontade de fazer uma nova dieta e ficar magra. Até que em 2010 me vi com um peso muito alto, durante algumas tentativas de perder peso senti uma dificuldade em manter me de dieta, em outros momentos o período de dieta não fazia tamanho efeito como antes, afinal eu agora não tinha mais o mesmo metabolismo que antes e tudo parecia mais difícil, em uma nova tentativa fui em busca dos inibidores de apetite. Durante uns 5 meses fiz uso de medicamentos sob supervisão medica, mas o resultado não foi o esperado, ao contrario perdi pouco peso e quando a medicação foi suspensa ganhei ainda mais peso. Ao invés de me ajudar aquele tratamento foi a gota que precisava para reconhecer que era hora de pensar em tudo que eu havia feito para a minha melhora e que não havia dado resultado e pesar se não era a hora de buscar ajuda profissional para que os resultados aparecessem de verdade. Em outubro de 2011 fiz uma dieta auxiliada por nutricionista, o resultado não foi o esperado, perda de peso lenta e com um sofrimento muito aparente. Não consegui levar a dieta por mais de trinta dias e a nutricionista me indicou ajuda psicológica, pois a perda de peso era muito grande para eu que estava cansada e desacreditada de que alguma coisa seria capaz de reverter aquele quadro em que eu me encontrava. A psicologa me indicou que eu fizesse uma pausa em tudo que eu havia feito ate aquela data, ja era dezembro e eu estava programando minhas ferias do trabalho, aproveitei o tempo para refletir na casa dos meus pais, ao lado das pessoas que eu amava para tomar uma decisão. Durante este tempo consegui ver todo o meu problema, eu estava com o peso muito elevado, me sentia feia, gorda, fracassada e sem coragem para mudar tudo aquilo, a essa altura eu já estava começando a sofrer as consequências de um corpo que sofria em silencio o excesso de peso que carregava. Minha família já sentia comigo os meus limites impostos pela obesidade. Era a hora de pedir ajuda a quem entenderia melhor o que eu passava e principalmente saberia como me ajudar de verdade. O próximo passo era escolher um profissional disposto a me ajudar de verdade, portanto seguimos em frente sempre.
Sempre fui feliz comigo mesma, mas chega um momento que precisamos de ajuda para sermos melhores.

Apresentação


Oi para todas as pessoas que resolverem passar por aqui para conversar e conhecer um pouco sobre mim. Meu nome é Valéria, tenho 29 anos, sou estudante universitária e trabalho na área de Administração de Empresas. Tenho uma filhinha de 10 anos que é meu tudo, meu motivo maior de querer viver ao máximo sempre! Sou filha única, amo meus pais muito, muito. Sei que eles fazem de tudo para me ver feliz, portanto eu preciso fazer a minha parte também. Tenho um amor muito especial que me faz muito bem, alguém com quem tenho dividido a minha vida e feito planos e o melhor de tudo, alguém que tem me feito muito feliz! Sou uma menina mulher em fase de aprendizado sempre, alguém que tem sonhos, sentimentos, medos igual a qualquer outra pessoa, mas que acima de tudo busca a cada novo dia melhorar meu jeito de viver. Desistir nunca foi uma palavra muito utilizada em meu dia a dia, busco melhorias, crescimento, facilidades e assim vou aprimorando a arte de viver. Bom este foi nosso primeiro contato, nos próximos vamos estreitar a nossa amizade, que eu sinceramente espero que seja por muito tempo. Um abraço e até breve. Val

Papai, mamãe, eu,  amor e minha filha!